Imagine a cena: o telefone toca e quem está ligando é alguém que morreu, apenas para indicar aos vivos onde seu corpo está localizado. Isso aconteceu em 2008 no distrito de Chatsworth – EUA, quando um trem de 225 passageiros colidiu de frente com outro nos arredores de Los Angeles. No acidente, 135 pessoas ficaram feridas e 25 morreram. Dentre as vítimas fatais estava Charles Peck, de 49 anos, que voltava de uma entrevista de emprego.
As ligações aconteceram enquanto a noiva de Charles se dirigia a estação para se encontrar com ele. Durante o percurso, ela ouviu a notícia sobre o acidente no radio, e tentou ligar para ele, mas as chamadas sempre caiam no correio de voz. O mesmo aconteceu com ligações feitas por filhos e irmãos de Chales.
Mas a esperança de que ele teria sobrevivido aumentou quando Andrea e outros membros da família começaram a receber ligações de volta do celular dele. Ao atenderem, porém, não conseguiam ouvir voz, apenas ruídos estáticos. Durante 11 horas, pessoas próximas do falecido receberam cerca de 35 chamadas dele.
Os telefonemas feitos pelo celular de Charles foram rastreados e o sinal ajudou a encontrar o copo dele, no primeiro vagão. Segundo os peritos, ele morreu no impacto. Uma hora antes de o corpo ser encontrado, as ligações pararam e o aparelho nunca foi encontrado.
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